Honda VFR 1200 F, a primeira com DCT
Há uma década a Honda introduziu no mundo da moto a transmissão DCT, sigla de “Dual Clutch Transmission”, transmissão de embreagem dupla em português.
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À época esse sistema estava ainda engatinhando no mundo do automóvel, e a iniciativa da Honda em equipar uma moto com a novidade apenas confirmou o DNA da marca, sempre antenada na evolução, jamais tímida quando o assunto é um desafio tecnológico.
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A DCT une o melhor de dois mundos bem distintos: o sistema pode realizar mudanças de marchas automaticamente quando através de uma tecla no punho direito do guidão é posicionada em “AT”.
Na opção “MT”, as mudanças são comandadas pelo condutor através de botões situados no punho esquerdo.


Câmbio de dupla embreagem – DCT
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Motor da NX 700 com câmbio de dupla embreagem – DCT
Como o próprio nome indica – “Dual Clutch Transmission” –, o sistema tem duas embreagens, cuja atuação acontece sem necessidade de qualquer ação do condutor.
Uma das embreagens serve as marchas ímpares e a outra os pares. As mudanças ocorrem de maneira rápida e imperceptível, pois quando uma marcha está engatada a seguinte, seja superior ou inferior, já estará engatada, mas em “stand-by”, pronta para ser usada.
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Ao escolher o modo AT o condutor opta pelo pleno automatismo, com a transmissão subindo ou descendo marchas com extrema precisão e rapidez de acordo com a informação fornecida por inúmeros sensores que “leem” os parâmetros da pilotagem.
Em AT há duas opções: “D” para mudanças normais e “S”, para trocas de marcha mais rápidas, adequadas à pilotagem esportiva. Em MT a escolha da marcha adequada é atribuição do piloto.
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A primeira Honda a receber a DCT foi a VFR 1200F, uma sport touring de design arrojado, capaz de alcançar mais de 250 km/h de velocidade máxima e acelerar como um dragster.
Esta moto logo foi acompanhada por sua versão “crossover”, a VFR 1200X Crosstourer, que utilizando o mesmo motor V4 de 125 cv também dispunha de versão com transmissão DCT.
Com o tempo a tecnologia foi evoluindo e estendida a diversas motos Honda, entre as quais a gigantesca GL 1800 Gold Wing, versões da maxitrail CRF 1000L Africa Twin e a scooter X-ADV.
Estes últimos modelos com capacidade de rodar em terrenos difíceis, um tipo de utilização que comprova a excelência técnica atingida pela DCT de última geração, capazes de conciliar confiabilidade com a eficiência necessária em condições de uso extremo.
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Veja mais em: https://www.honda.com.br/motos/blog/
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Câmbio DCT: na Gold Wing, na Africa Twin e na X-ADV
O câmbio DCT é um sucesso no mundo todo, uma tecnologia Honda exclusiva (quando falamos de motos), que veio para ficar.
Há mais de dez anos no mercado, durante tal período o câmbio DCT Honda evoluiu, atingindo um extremo grau de excelência e confiabilidade.
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No Brasil o câmbio DCT atualmente está presente em três modelos do line-up Honda: na grã-turismo GL 1800 Gold Wing, na maxitrail CRF 1100L Africa Twin e na scooter aventureira X-ADV, o que comprova a versatilidade desta tecnologia, capaz de atender às necessidades de veículos tão diversos como os citados.
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Apesar de já estar há bom tempo disponível, alguns ainda se perguntam “o que é DCT?”. Aqui mesmo no blog já publicamos um texto.
Todavia, vale a pena dar uma repassada na essência desta tecnologia.
Motor do tipo do da da Honda CRF 1000 DCT
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DCT é a sigla que vem da expressão em inglês Dual Clutch Technology, que em português significa Tecnologia de Dupla Embreagem.
Muitos imaginam que o é um câmbio automático, tipo epicíclico, comum em carros. Outros imaginam ser o DCT uma versão da transmissão CVT (Continuosly Variable Transmission), que as todas as scoters da Honda – fora a X-ADV – e também alguns automóveis, dispõe.
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Na verdade, o DCT não é nem um, nem outro. De fato, trata-se de um câmbio convencional que em vez de apenas um eixo-piloto, tem dois:
um para marchas ímpares – 1ª, 3ª e 5ª – e outro para marchas pares – 2ª, 4ª e 6ª – e cada um destes eixos-piloto é atendido individualmente por uma embreagem .
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A mágica do funcionamento do DCT está justamente nesta duplicidade de embreagens:
quando você está rodando em 2ª marcha, por exemplo, a embreagem responsável pelo acoplamento com a 1ª ou 3ª marcha já está de sobreaviso.
E deste modo quando os comandos situados no punho esquerdo do guidão forem acionados pelo piloto, seja para reduzir como para subir marcha, o engate ocorrerá de maneira imediata
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Os movimentos internos no câmbio, seja de acionamento da embreagem como da troca de marcha, são realizados por atuadores eletrônicos comandados por uma ECU – Electronic Control Unit –, um “cérebro” que analisa diversos parâmetros tais como abertura do acelerador, velocidade, inclinação e a pré-seleção do Drive Mode.
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O câmbio DCT permite não apenas a já mencionada troca de marchas pelo piloto através dos comandos no punho como escolher o modo automático, pelo qual as mudanças de marcha ocorrem sem intervenção do condutor, com base nos parâmetros enviados a ECU.
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Como dissemos no início, atualmente as Honda com tal tecnologia disponíveis no Brasil são a Gold Wing, a Africa Twin e a X-ADV, mas em breve estas máquinas ganharão nova companhia, o que comprova que a tecnologia DCT é algo que veio mesmo para ficar.
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Veja mais em: https://www.honda.com.br/motos/blog/
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ZC Jacaré, BH, Jacaremoto.com.br, Coluna do Jacaré, Instagram: #jacaremoto
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